segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Entrevista sobre a participação do coletivo EBioconstrução no Aho Festival


O Aho Festival que acontece no fim deste ano em Ilha Comprida é mais do que um festival de música, arte, ecologia e cultura alternativa, é também uma importante fusão de artistas e sincronia de realizações. Vários grupos trabalharão juntos para criar um espaço mágico, lúdico e confortável, Nena Alava que foi diretora artística e produtora do Boom Festival durante 10 anos, traz algumas estruturas, idéias e integra um dos times que vai ajudar criar essa realidade.


D. Paiva – Nena como você vê essa fusão de artistas?
Nena A. – Eu sinto que a humanidade está vivendo um momento onde o individualismo está em conflito, há uma urgência de mudança. Para muitos é fato que essa mudança já começou, e não basta dizer que somos todos um, é preciso viver e realizar essa nova forma de interação. Vivendo a experiência comunitária é que somos capazes de ativar a inteligência coletiva e tornar essa mudança real em nossas vidas cotidianas. O Aho Festival vai ser uma experiência linda!

D. Paiva - Você pode falar um pouco de algumas das estruturas que serão montadas no Aho Festival?


Nena A. – No Boom 2008 o arquiteto alemão Martin Pietsch, desenhou várias estruturas e entre elas uma sempre nos fazia recordar do Brasil, pois se chamava Anaconda.
A montagem em Portugal foi feita pelo cenógrafo e bioconstrutor Marco de Nardo (Lelo) e ele vai ser o responsável por ela também no Aho. Trata-se de uma estrutura simples, bonita e eficiente, que não só vai servir para sombra na orla, mas serve de exemplo de construção que todas as pessoas podem aprender e replicar.


D. Paiva – O que você quer dizer com aprender e replicar?
 Nena A. – Eu dou aula de construção de cúpulas geodésicas e outras estruturas baseadas em poliedros, acredito que o homem atual pode resgatar a arquitetura ancestral e evoluir aliando materiais e técnicas modernas à arquitetura vernacular.